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Foto do escritorPamela Rafaela

Vamos Conversar Sobre a Síndrome da Impostora?

por Pamela Rafaela


Olá mulheres, espero que vocês estejam bem e se cuidando!

Primeiramente, gostaria de cumprimentar a todas participantes do projeto da Cruzando Histórias! Desejo que vocês tenham uma ótima jornada de aprendizagem e experiências significativas aqui. Logo mais nos encontraremos em alguma etapa do projeto!


Aproveitei e preparei um cafezinho para nos acompanhar nessa conversa, você vem

comigo?


Frequentemente em meus atendimentos, recebo diversas perguntas sobre “o que é

síndrome da impostora?"

Apesar de ser amplamente divulgado e utilizado por diversos profissionais e estudantes, é

importante destacar que a "síndrome da impostora" não é reconhecida oficialmente como

transtorno psicológico pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Enquanto isso, profissionais da saúde pesquisam sobre o assunto, com estudos em

andamento.

A expressão teve origem no final dos anos 70, quando as psicólogas americanas Pauline

Rose Clance e Suzanne Imes deram início em suas pesquisas, ao perceberem os

questionamentos de mulheres bem sucedidas em suas carreiras, mas que sentiam-se como

se fossem uma fraude, duvidavam de suas capacidades e habilidades cognitivas,

mesmo obtendo excelentes índices de desempenho em suas atividades de trabalho.

Síndrome da impostora é isso! A pessoa tem uma autopercepção distorcida sobre o seu

desempenho, não se sente boa o suficiente e está constantemente duvidando de suas

potencialidades.

Apesar de não ser exclusividade do gênero feminino, as mulheres são as que mais relatam

o problema e, infelizmente, por diversos motivos: fatores socioculturais que estimulam

comportamentos de competitividade tóxica entre mulheres, comparações pessoais e

profissionais nas redes sociais, estereótipos de gênero em ambientes erroneamente

"considerados masculinos" ou por exercer posições de liderança são alguns exemplos que podem favorecer esse tipo de sofrimento psicológico.

O assunto destacou-se nos últimos tempos, pois mulheres reconhecidas mundialmente

também afirmaram ter enfrentado a experiência da síndrome da impostora.

Algumas delas são: a cantora Jennifer Lopez, Sheryl Sandberg (diretora de operações do

Facebook) e também a advogada e ex-primeira dama dos Estados Unidos Michelle Obama.


"Eu tive de trabalhar duro para superar aquela pergunta que (ainda) faço a mim mesma: 'eu sou boa o suficiente?'. É uma pergunta que me persegue por grande parte da minha vida. Estou à altura disso tudo? Estou à altura de ser a primeira-dama dos Estados Unidos?" Michelle Obama, em entrevista para o jornal BBC, tradução livre.


Como identificar a síndrome da impostora? Algumas características são comuns e se

repetem com certa frequência, são elas:

  • Comparações com os outros;

  • Procrastinação;

  • Excesso de autocobrança;

  • Insegurança;

  • Sensação de não pertencimento e/ou de não ser "boa o suficiente".


E então, como lidar com isso?

  • Apoio psicológico através de terapia;

  • Conversar com as pessoas de confiança sobre esse assunto, isso permite que você não se sinta sozinha;

  • O acolhimento de feedbacks positivos;

  • Participação em programas de mentoria de carreira. Elaboração de estratégias para alcançar objetivos profissionais podem favorecer a autoconfiança.

As estratégias de enfrentamento podem variar entre as pessoas, por isso é tão importante a

busca pelo autoconhecimento.


A insegurança, autocobranças excessivas e demais atribuições relacionadas à síndrome da

impostora prejudicam o desenvolvimento pessoal e profissional de muitas mulheres, que

quase sempre vivenciam o sofrimento de maneira solitária.


É possível que você já tenha vivenciado a síndrome da impostora em algum momento da

vida ou certamente conhece alguém próximo que esteja passando por isso; então, uma boa

iniciativa é a oferta de ajuda e apoio às iniciativas das mulheres e das demais pessoas da sua

convivência, essa atitude pode colaborar para interações saudáveis e mais significativas

entre os pares. Evite comparações. Que tal reconhecer quais são as suas conquistas e

também os pontos que precisam de desenvolvimento? Afinal, todos nós possuímos falhas e

compreender isso contribui significativamente para a evolução no processo de

enfrentamento do sofrimento em decorrência de desajustes causados pela síndrome da

impostora.



Pamela Rafaela é psicóloga graduada pela Universidade Paulista (UNIP), possui extensão em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Participa do Projeto EscutAção na Cruzando Histórias e não dispensa a leitura de um bom livro nas horas vagas.


Instagram: @psi.pamelarafaela - Linkedin: /pamelarafaela

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